27 setembro, 2018

Entrevista com a Sílvia Bihappy - Uma conversa sobre saúde, amor próprio, lei do retorno e viver a nossa melhor versão!


Sílvia Pacheco – 40 anos, empreendedora e criadora de arte e conteúdos para o desenvolvimento pessoal. A Sílvia através do meu olhar é simplesmente…a Sílvia Bihappy – otimista contagiante de sorrisos rasgados e emoções à flor da pele, focada em superar-se continuamente e ser a sua melhor versão!  Vamos ver o que ela tem para nos dizer sobre a sua jornada e toda a transformação que se deu através da alimentação viva e natural:

1.    Sílvia, podes partilhar o que é para ti o despertar de consciência e em que circunstâncias começou o teu despertar?

Sim, lembro-me perfeitamente. O meu despertar aconteceu através de uma grande dor emocional, quando eu tinha 28 anos. Na altura estava num relacionamento, o qual terminou e eu tinha depositado toda a esperança para a minha felicidade nesse mesmo relacionamento. É claro que quando percebi que a realidade não estava a preencher a minha expectativa o “mundo caiu”, bem como toda a percepção sobre a vida. O fim deste relacionamento não foi o único motivo, mas foi “a gota de água” para eu mergulhar numa nova consciência e a partir daí tudo mudou.
Despertar de consciência para mim é, despertar para a verdade, para a verdade intrínseca que existe dentro de cada ser e do próprio Universo. Sinto que para além da sabedoria interna que existe em cada ser também existe uma sabedoria universal e transcendental, que nos ajuda a “abrir os olhos” para o essencial. Na realidade o mundo não é aquilo que vemos – com os olhos físicos - mas aquilo que sentimos mais profundamente. O mundo real é mágico onde só existe espaço para a saúde, para a abundância, para o amor, para a confiança, para a liberdade, para a paz, para a felicidade, para sermos quem nós somos na realidade, que na verdade somos luz. Contudo através da nossa experiência no planeta Terra, em conjunto com as outras vivências já acumuladas de outras vidas, carregamos bagagem que distorce a presente realidade. No entanto, nessa mesma bagagem temos também presente a matriz da sabedoria universal e tudo o que acumulamos como talentos e outras aprendizagens positivas. Quando nascemos neste mundo não nos lembramos de nada, do que já vivemos, do que somos e vamos crescendo e sendo influenciados pelas pessoas que nos rodeiam, bem como pelas experiências que vivemos e são os “abanões” que vamos sofrendo ao longo da vida que nos vão acordando para o que somos na realidade. E o que nos direcciona para este caminho, é a procura pela felicidade. O que é que todo o ser humano deseja? – Ser feliz!! Ele sabe que esse é o seu verdadeiro estado mesmo que seja só inconsciente. E podemos até procurar nos sítios errados e de forma errada, mas mais cedo ou mais tarde e através da experiência, descobrimos o “Santo Graal”.
Isto pode parecer irreal, aos olhos de alguns, mas nunca na minha vida me senti tão real e verdadeira, naquilo que vejo, sinto e como sou.

2.    Encontras alguma relação entre corpo, mente, a forma como nos sentimos e a vida que temos e continuamos a atrair?

Sim, está tudo relacionado. O nível da nossa consciência e o que pensamos gera sentimentos e experiências que nos fazem vivenciar o corpo e a vida da forma que vivemos. Tudo o que atraímos está em sintonia com a energia que emitimos e a única forma de atrairmos o que desejamos é gerar energia de alta vibração que esteja em sintonia com o que queremos atrair. Todo o “combustível” que damos ao nosso corpo (em forma de alimento ou produtos que colocamos na nossa pele); à mente (em forma de pensamentos); e ao que sentimos (em forma de emoções) vai influenciar-nos na forma como nos sentimos, na vida que temos e que continuamos a atrair. Para nos sentirmos bem, felizes, e saudáveis precisamos nos tornar responsáveis pela nossa vida, pelas escolhas que fazemos, porque toda a decisão que tomamos vai influenciar a nossa saúde mental, emocional e física.

A Sílvia ANTES da mudança alimentar

3.   Que papel teve a alimentação ao longo do teu percurso de vida? Como descobriste o estilo de vida cru/vegano?

Nunca liguei muito para a alimentação. Comia por prazer e para não passar fome. Só por volta dos 30 é que comecei a ter mais consciência de que o que comia podia afetar o meu corpo. Comecei primeiro por reparar nuns pneus que já não consegui eliminar, depois noutros pequenos pormenores que não faziam de mim uma pessoa completamente saudável. Mas o que me levou a descobrir o estilo de vida crudívoro/vegano, foi querer alcançar outros níveis de consciência mais elevada, até diria que queria alcançar algo “fora da caixa”. Eu sabia, intrinsecamente que havia alguma coisa para além do que aquilo que os meus olhos físicos conseguiam ver.

4.    Quais foram os motivos que te levaram a mudar de alimentação?

Eu procurava por algo que me ajudasse a aumentar o meu amor próprio, a ser eu própria e a alcançar outros níveis de consciência. Comecei por utilizar uma afirmação (do género): “Eu liberto-me de tudo o que me impede de ser eu própria”, para obter o que pretendia, e nessa minha procura descobri um vídeo de um rapaz no Youtube que despertou a minha atenção. Ele falava de uma alimentação que estava a transformar toda a sua vida, no sentido positivo. Ele próprio chamava a atenção, pela energia que emitia, pelo que dizia e pelo seu aspeto jovem e brilhante. Fiquei rendida porque tinha encontrado a chave do tesouro que eu queria abrir. Claro que estou a falar da alimentação crudívora.

A Sílvia DEPOIS da mudança alimentar

5.    Que tipo de benefícios físicos, emocionais e/ou mentais sentiste desde que adotaste uma alimentação de origem vegetal?

Oh!! São tantos os benefícios. A nível físico retirei os tais pneus, eliminei problemas de pele, tais como alergias, pele oleosa e pálida. Desconforto intestinal e barriga inchada também deixaram de existir, bem como unhas e cabelo fraco. Estes são os que me lembro. A nível mental trouxe-me pensamentos mais harmoniosos, mais clareza e inspiração. No campo emocional fiquei mais equilibrada. O meu humor não oscila com tanta frequência e tenho sentimentos mais prazerosos. Esta alimentação ajuda-nos a enfrentar o que está mal para não desperdiçarmos muito tempo com emoções que não nos auxiliam a viver a nossa melhor versão. Também me ajudou a aumentar o meu amor próprio.
A alimentação de origem vegetal, em especial a crudívora faz uma limpeza no campo físico, emocional e mental, aumentando a nossa energia – positiva – e aproximando-nos de quem somos na realidade.

6.    Como é um dia típico na tua alimentação neste momento?

Alimento-me durante o dia com fruta inteira ou em batidos e à noite com uma grande salada, acompanhada por vezes de algo cozinhado também simples, como arroz, batatas temperadas apenas com especiarias ou alguns legumes cozinhados.

7.    O que é que a mudança alimentar te ensinou sobre ti própria?

Ensinou-me tanto. Que ainda tenho muito para descobrir sobre mim. A alimentação crudivegana levanta os véus, que fomos criando ao longo das nossas vidas e que “escondem” talentos e qualidades maravilhosas. Também me ensinou que sou corajosa e muito determinada. Esta alimentação não é para todos, apenas para os corajosos e persistentes, porque ao escolhermos este caminho vamos ter de enfrentar o sistema em que vivemos, vamos ter de enfrentar crenças muito enraizadas a nível social e por último vamos ter de enfrentar os nossos próprios medos e desafios. Mas como já bem sabemos, o que faz a maioria nem sempre é o melhor e este é o caso. Não desejo parecer egóica nem detentora da verdade, mas falo através da minha experiência. Se esta alimentação me ajudou em tantos sentidos, o que faria para toda a população?! De certeza que viveríamos num mundo mais saudável, equilibrado, amoroso e feliz.

8.    Consegues apontar apenas uma prática saudável que sentes que mais transformou o teu corpo e mente?

Cuidar do meu diálogo interno e falar gentilmente comigo mesma, todos os dias! Quando utilizamos palavras ou afirmações que nos empoderam transformamo-nos no melhor que existe em nós.

9.    Tanta gente hoje em dia tem problemas em gostar de si, em aceitar-se como é e sentir-se alguém com valor e à altura dos desafios que a vida lhe apresenta. Como alguém que aborda com frequência os temas da autoestima e amor próprio, o que dirias a uma pessoa que lida com estes problemas?

Primeiro precisa de comprometer-se consigo própria, que fará o necessário para se amar. É tal e qual deixar de fumar. Uma pessoa só deixa realmente de fumar quando decide. Eu sei, já fui fumadora e também já vivi com baixa autoestima. Por isso, o primeiro passo é decidir. Depois é utilizar técnicas que ajudem a mudar o discurso interno de forma a passar do ponto A, uma pessoa com baixa autoestima, para o ponto B, uma pessoa que se valoriza e que tem plena consciência que merece viver a sua melhor versão. Na prática pode não parecer tão simples porque requer persistência e é preciso ter em conta que é algo que leva um determinado tempo. Se levamos um certo tempo para “construirmos” a pessoa que somos também levará o seu tempo para construir aquela pessoa que queremos vir a ser. Mas está ao alcance de qualquer um. Quando decidimos, nos disciplinamos e utilizamos as técnicas certas tudo podemos mudar!

10.  Na tua opinião, o que devemos fazer para aumentar o nosso amor próprio?

Basicamente é comprometer-nos com o nosso amor próprio. A partir daí é praticarmos hábitos saudáveis que estejam em sintonia com a nossa melhor versão. De que hábitos falo? De termos um discurso interno amoroso – reclamar, vitimizar-se, criticar, etc., não fazem parte desse discurso – de alimentar-nos com alimentos que nos empoderem, de fazer exercício físico, de fazer coisas que nos entusiasmem, de estar em contato com pessoas que nos elevem…É fácil identificarmos quando não nos estamos a tratar bem. Quando temos ou fazemos algum tipo de prática que nos faz sentir mal ou que não nos traz vantagem não estamos a cuidar de nós. Uma pergunta que nos direciona para o amor próprio é: O que faria a minha melhor versão nesta situação? E teremos a resposta certa para aumentarmos o nosso amor próprio.

11.  Reparei que a lei da atração é um tema que gostas de abordar. Podes partilhar algum episódio que exemplifica como funciona essa lei e de que forma mudou a tua vida?

Sim, gosto muito de falar da lei da atração porque é um assunto que dá vida à minha criança interior. Posso sonhar e materializar aquilo que sonho. Já materializei um carro, viagens, um trabalho, etc. Posso partilhar a minha experiência sobre como atrai um emprego. Fi-lo através de uma carta (uma carta mágica – o meu vídeo mais popular no Youtube) em que escrevi o que queria porque não estava satisfeita com o trabalho que tinha no momento e depois fui entregar currículos. A seguir afirmei que a primeira pessoa que me contatasse teria o trabalho certo para mim. Nesse mesmo dia recebi um telefonema a convidarem-me para trabalhar. O que é engraçado é que não foi nenhum daqueles trabalhos onde entreguei o currículo, nem sabia que essa pessoa estava a precisar de alguém. Segundo a minha intenção, o Universo trouxe aquilo que pedi.
Lei da atração para mim significa lei do retorno, o que emitimos recebemos de volta por isso somos muito poderosos porque temos o poder para criar, seja o que for. O que nos diferencia dos animais e das coisas é que temos o poder para pensar e através da emoção materializamos coisas e experiências. Somos todos energia, mas o poder para criar só pertence ao ser humano. A lei da atração não é algo sobrenatural, é uma lei que existe e que está comprovada pela física quântica. Quer queiramos quer não ela existe e está sempre a funcionar, por isso já que temos este poder porque não o utilizamos a nosso favor? E foi com esta descoberta que mudei a minha vida. Sei que posso criar tudo!!

12.  O que dirias a alguém que deseja muito mudar a sua vida, mas nem sabe por onde começar?

A primeira coisa que diria seria: “Conhece-te e ti mesmo!” Só quando começamos a viajar pelo nosso interior é que a vida começa a mudar, no sentido positivo. Na prática diria para procurar por uma ou mais técnicas que se sentisse em sintonia e que o ajudasse a desenvolver pessoalmente, para aumentar o seu amor próprio. Quando nos fortalecemos por dentro, quando desenvolvemos um corpo físico, mental e emocional saudável e enriquecido mudamos toda a nossa vida.

Para terminar, na tua opinião qual é o segredo que nos permite ser a nossa melhor versão?

Basicamente é AMAR! Quando nos amamos, escolhemos os melhores alimentos, a melhor companhia, coisas que nos entusiasmem e caminhos que nos ajudem e nos permitem viver a nossa Melhor Versão!

Vive A Tua Melhor Versão!


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