01 outubro, 2016

A Comida e o segredo das Doenças


“A saúde passa necessariamente pelo estômago – esta foi uma das ideias que foi esclarecida e discutida várias vezes durante o dia de hoje. 

Enquanto seres vivos, estamos em constante interacção com o meio que nos rodeia. Tendo ou não noção disso, estamos em permanente processo de «regeneração» e a «degradação». Estamos essencialmente a reconstruir-nos continuamente e toda a nossa existência pode ser encerrada entre estes dois processos. Para que a energia possa fluir livremente pelo nosso corpo, precisamos de receber, assimilar e eliminar. Duas das coisas mais importantes que recebemos, das quais somos feitos e que nos movem na vida são a energia e os alimentos que consumimos.

Vamos simplificar tudo: a vida tem leis bastante básicas. Se saltarmos do 10º andar, independentemente de sermos ou não boa pessoa, vamos morrer. Da mesma forma, quando nos alimentamos com a comida adequada para nós, somos saudáveis, energéticos e vitalizados. E pelo contrário – quando comemos de forma inadequada e não consumimos alimentos vivos, adoecemos. Quer queiramos ou não, somos feitos dos alimentos que consumimos. Quer queiramos ou não, podemos alterar todas as outras áreas da nossa vida, mas se não alterarmos a alimentação, não conseguimos sentir-nos realmente saudáveis.

A saúde passa pelo estômago. Aliás, ela começa por aquilo que colocamos dentro da boca. Trata-se de uma visão bastante elementar, mas igualmente verdadeira. Compreender esta simples ideia transforma-nos em seres conscientes e racionais, capazes de controlar as suas acções e comportamentos – alimentares, e não só. E se a comida transforma o nosso corpo e saúde naquilo que eles são, neste caso o tracto gastro-intestinal é o primeiro sistema que entra sempre em contacto com essa comida, transformando os micro e macronutrientes em... corpo. O nosso corpo. Aposto que muito pouca gente pensa nesta magnífica metamorfose, sempre que tem um prato de comida à frente, e é precisamente aí que está o problema. 

O que comemos transforma-se naquilo que nós somos – por dentro e por fora! Assim torna-se claro que a ideia «somos o que somemos» não é uma metáfora, mas sim, uma lei biológica, que funciona da mesma forma para cada um de nós. Quando consumimos alimentos naturais, predominantemente vivos e adequados para a nossa espécie, esta comida é digerida e assimilada adequadamente, sendo posteriormente degradada em elementos a partir dos quais as células se alimentam e regeneram. Quando comemos alimentos de origem animal, refinados, processados e alterados de todas as formas, todos estes processos ficam comprometidos, ocorrendo de uma forma defeituosa. Aí transformamo-nos precisamente naquilo que não queremos – transformamo-nos em doença. Obviamente, existem muitos outros factores que interferem na nossa saúde, mas se pensarmos mesmo bem, vamos ver que eles funcionam ou não, com base naquilo que comemos. Assim, tal como não conseguimos curar-nos ao tomar um comprimido, ou tal como não conseguimos engordar ao respiar apenas ar, não conseguimos alterar a nossa saúde, se não alterarmos a nossa alimentação de forma permanente.

Será que alguém se questiona porque é que os primeiros sintomas desagradáveis que temos ao chegar a este mundo em bebés são precisamente sintomas intestinais? Será que alguém se questiona porque é que os bebés pequenitos têm cólicas ou porque é que reagem frequentemente com diarréia e vómito? Ou então porque é que em adultos hoje em dia cada terceira pessoa já tem gastrite, colite ou úlceras? 

Enquanto se gastam rios de dinheiro para que a ciência descubra a resposta, esta sempre existiu na medicina natural: Porque o tracto gastro-intestinal é o primeiro sistema que entra em contacto com o meio através da comida que lhe fornecemos. Se uma mãe se alimenta de forma claramente inadequada, ainda durante a gravidez e posteriormente através da amamentação ela dá ao seu bebé toxinas e, por vezes, autênticos venenos. A primeira reacção de um organismo vivo é sempre eliminar essas toxinas de alguma forma. Da mesma forma, já em adultos, desenvolvemos gastrites, colites e úlceras sempre e quando continuamos a alimentar-nos de forma inadequada, ignorando as leis naturais. Aí, o nosso corpo continua a fazer exactamente o que faz o corpo de um bebé – tentar eliminar as toxinas e excesso de ácidos.

Hoje bati um recorde triste – no mesmo dia contactei com três pessoas diferentes e cada uma delas tinha um problema do sistema gastrointestinal diferente, nomeadamente: gastrite, colite e úlceras. Mais uma vez confirmo que quanto mais tempo alguém sofre de uma doença, mais começa a identificar-se com ela, chegando até a referir-se carinhosamente a ela como “a minha gastrite”; “a minha colite”, etc. Mas apesar dessa aparente proximidade, vejo que normalmente as pessoas não sabem praticamente nada sobre a origem e causas das suas doenças, em grande parte porque os próprios médicos nunca falam sobre isso e nunca estabelecem a relação com a alimentação ou com outras coisas que qualquer um faz e controla directamente.

Gastrite, colite e úlceras – O que são?
A gastrite é um problema agudo ou, mais frequentemente, crónico, que consiste numa inflamação da mucosa do estômago. Do ponto de vista estatístico, hoje em dia metade das pessoas que habitam este planeta sofre de gastrite.

A úlcera é uma ferida na mucosa do duodeno ou estômago, que se recusa a cicatrizar e periodicamente piora (muitas vezes apenas com stress, nervos e  estados emocionais negativos). Cerca de 10% da população sofre com esse mal ao longo da vida.

A colite e hemorróidas são alterações degenerativas e inflamatórias do cólon e ânus, que tendem para a cronicidade e periodicamente pioram ou melhoram. Praticamente cada segunda pessoa hoje em dia sofre de pelo menos um dos dois problemas, o que é no mínimo chocante.

Tudo isto para dizer que o tracto gastro-intestinal sofre com tanta frequência, que para muita gente o mal-estar como inchaço abdominal, gases, ardência, obstipação, etc. passam a ser vistos como algo normal. Isto só mostra que estamos de tal forma afastados da natureza, que já olhamos para a doença como um estado normal.

Como podemos ultrapassar tudo isto?  
Não faz sentido usar medicação para tratar sintomas como os acima mencionados, para um dia ter que lidar também com cancro – o estádio mais avançado de degeneração dos órgãos.

Tendo em conta a forma como vivemos hoje em dia, torna-se cada vez mais necessário e urgente implementar um sistema de alimentação natural, que deve passar a ser a alimentação do ser humano do século XXI. Ao fazer isso, normalmente conseguimos comprovar que, mudando a nossa alimentação, da gastrite, colite e úlceras não resta nada passadas umas 3 semanas. E quem diz estes três problemas, podia aplicar exactamente a mesma lógica a muitos outros, obtendo os mesmos resultados.

O nosso corpo muitas vezes dá todo o tipo de sinais (dos mais subtis aos mais óbvios) durante anos e por vezes até décadas. Sinais esses que muitas vezes as pessoas ignoram por completo ou suprimem com algum comprimido. Até quando, já preocupadas, vão ao médico para fazer análises, os exames muitas vezes voltam sem alterações significativas e o médico manda as pessoas para casa, deixando-as descansadas que tudo está bem com a sua saúde – mesmo que continuem a existir queixas, corpos quase esféricos, caras avermelhadas, palpitações, dorzinhas com origem desconhecida e sintomas soltos. E eis que apesar disso, as pessoas continuam a viver as mesmas vidas e a comer as mesmas coisas, até ao dia em que realmente apanham o maior susto das suas vidas.

Será que é possível perceber que estamos a ficar doentes, bem antes do nosso médico nos colocar um diagnóstico? E mais importante que isso, será que depois de perceber o que temos existe uma maneira de restaurar a saúde, melhorar a forma e corrigir os problemas?

A resposta da natureza é sempre: sim! Qualquer ser humano possui no seu corpo uma espécie de “sensor” que lhe começa a enviar sinais quando as coisas já estão a ir mal. Não é preciso arranjar esse sensor ou fazer algo para o aperfeiçoar – nascemos com ele e este chama-se sistema emocional regulador.
As nossas sensações, estado de humor e experiências que se repetem mais vezes são o melhor indicador do que está a acontecer dentro de nós. Quando nos sentimos mal, mesmo sem saber exactamente o porquê, isto indica-nos que algo dentro de nós e na nossa vida não está em sintonia connosco. Ainda em bebés somos guiados por esse sistema emocional regulador. Quando o bebé sente dor, frio, fome ou desconforto, ele chora. Depois de crescer, infelizmente devido a vários factores aprendemos a ignorar e a suprimir este sistema que nos regula, começando a funcionar contra ele. Contudo, mesmo assim, sempre que algo nos afasta do funcionamento harmonioso dentro de nós, aparece sempre um sinal. A forma mais simples que este sinal assume é o desconforto – sentimos algo negativo. Quando isto começa a repetir-se sistematicamente e durante um período de tempo prolongado, começamos a lidar com dor. Muitas vezes, até quando as pessoas sentem dor, as análises e exames médicos não descobrem nada. Isto não significa que está tudo bem. Significa simplesmente que a nossa anatomia e fisiologia estão em processo de alteração. E quando elas se alteram significativamente, aí sim, os exames e análises médicos já detectam desvios objectivos e voltam com problemas. Isto já é um estado avançado do problema de saúde – seja ele qual for. Se queremos sair desta situação, precisamos de relembrar como ter acesso ao nosso «sistema de regulação emocional». Isto, porque cada vez que sentimos desconforto, humor negativo, dor, nervos, desespero, tristeza prolongada, ansiedade, stress, falta de energia, etc., mesmo que no momento nada seja detectado, já estamos num estádio inicial da doença.

A sensação de desconforto e a alteração significativa no nosso humor, que se prolongam no tempo, já são sinais de doença.
O pior que podemos fazer numa situação destas é ignorar a forma como nos sentimos e continuar com os bons velhos hábitos porque, “afinal de contas, não estamos a morrer e o médico nem detectou nada”. O pior conselho que alguém nos pode dar numa altura dessas é que não temos nada e que podemos continuar com a nossa vidinha da mesma forma. Acontece que é precisamente a vida que mais cedo ou mais tarde nos vai fazer voltar para trás, precisamente ao momento em que nos desviámos do caminho e da harmonia interna. E a maneira como a vida faz isso é com dores, inflamações e problemas mais sérios que já não sussurram, nem procuram comunicar o nosso estado de forma calma – eles gritam, na esperança de nos fazer ouvir! Não é por acaso que ainda Hipócrates concluiu, de forma brilhante, que todas as doenças sem excepção são originadas numa «fase silenciosa», durante a qual todo o nosso corpo acaba por ficar afectado. Só na segunda fase da doença o problema fica mais localizado, e em função das fraquezas individuais aparece dor ou outro sintoma mais identificável num determinado órgão. O grande cientista A. Zalmanov faz uma comparação interessante, descrevendo a doença como “um drama que acontece em das acções: a primeira parte decorre num silêncio triste e às escuras. Assim que as luzes são ligadas e aparece a dor ou qualquer outro sintoma desagradável, já estamos na segunda parte”. Primeiro adoecemos sempre a nível energético – quando é alterada a nossa frequência vibracional e começamos a vibrar num padrão desorganizado, deixando cada órgão com uma vibração diferente. Isto cria desequilíbrio e gradualmente a doença fica localizada num determinado órgão (por norma o mais fraco). Assim que a situação continua a avançar ainda mais, já saímos do consultório médico com um diagnóstico, passando a viver com a grande ilusão que o nosso problema está localizado apenas nesse órgão, enquanto o resto do corpo está saudável.
Na verdade, a doença acontece sempre no corpo inteiroO problema localizado aparece apenas no órgão mais sobrecarregado no momento. Esta maneira de olhar para o nosso corpo de forma fragmentada é um dos maiores problemas da medicina convencional. Nunca conseguimos curar-nos de forma permanente de seja o que for, se focarmos a nossa atenção em apenas um ou dois órgãos.

Portanto, sempre que sentimos humor negativo, irritabilidade, humor depressivo ou parece que tudo está a ir ao contrário, deixando-nos à beira de um ataque de nervos, está na hora de perceber que estamos a ficar fora do nosso estado equilibrado e harmonioso. Este é um sinal do sistema de regulação emocional. Nesse contexto, o famoso Paul Bragg (que não precisa de introduções) diz que “assim que começamos a sentir-nos em baixo, frustrados, nervosos, ansiosos e deprimidos está na hora de aumentar a nossa actividade física, porque os passeios ou qualquer outra actividade ao ar livre limpam e reorganizam a mente, ajudando-nos a ver os problemas em perspectiva.” Eu acrescento apenas que todo o humor negativo que parece ter vindo para ficar é sempre sinal de toxicidade. A maior prova é que no momento em que reduzimos ou eliminamos essa toxicidade, o humor positivo, a energia e optimismo voltam. Estamos demasiado habituados a olhar para a doença como algo externo; como algo que nos ataca vindo de fora, e que precisa de ser combatido. A doença não é nada externo ou separado de nós – é apenas um processo, tal como a saúde é um processo. A doença – somos nós, mas noutra frequência vibracional e noutro ritmo de metabolismoSe começarmos a combater a doença, estamos a tentar lutar contra nós próprios – o resultado é a auto-destruição.

Vejo diariamente pessoas que lutam contra as bactérias, lutam contra a tosse, contra a inflamação, contra as borbulhas, contra o peso...contra tudo e mais alguma coisa, esquecendo que isso são apenas tentativas do corpo de eliminar o que não precisa de estar dentro e recuperar o seu equilíbrio. A boa notícia é que a doença não é algo estático – ela tem início, meio e fim, e por isso mesmo, é um estado que pode ser alterado. Isto pode ser feito e já se sabe como!
O nosso corpo tem o seu próprio mecanismo de auto-cura. Tudo o que é exigido de nós é não interferir e não dificultar o processo. Se o conseguirmos facilitar – melhor ainda! Muitas vezes as pessoas desejam que os resultados apareçam como por magia. Andaram a comer, a beber e a viver com desequilíbrios durante anos, e desejam recuperar em poucos dias. Simplesmente não acontece desta forma. A verdadeira regeneração é um processo de crescimento: uns tecidos precisam de ser substituídos por outros, novos. O crescimento é algo que exige tempo. Tal como uma criança não cresce e não se transforma em adulto numa semana, nós também não nos curamos de doenças crónicas numa semana. Contudo, o caminho natural é eficaz e funciona, e quanto mais consistentes formos, melhor conseguimos comprovar os resultados. Temos que nos lembrar apenas que quanto mais grave for o estado de saúde inicial de alguém, mais tempo é necessário para a sua recuperação.
Assim, ao fim e ao cabo vemos, mais uma vez, que muita coisa está nas nossas mãos.Tudo está em nós e nós somos tudo. O único sítio onde podemos procurar e encontrar respostas é lá!"

- Excerto do Diário Vitaliza de 30 de Set., 2016




- Batido: 6 bananas, 4 ameixas vermelhas bem maduras, 2 copos de mistura de frutos silvestres congelados, 1 pêra, 1 copo de água – tudo misturado no liquidificador
- Taça de fruta (dividida entre os dois): 1 manga grande e madura (via aérea) + 4 ameixas vermelhas


- Para mim: 3 bananas e 2 pêssegos

- Para o João: Ingredientes: 3 nectarinas e 3 pêssegos


Almoço
Ingredientes (apenas para mim): 2 curgetes médias espiralizadas, 1 cenoura espiralizada, cebolinho + Molho de 1 abacate grande, caril, 1 colher de chá de sementes de mostarda moídas, 1 colher de sopa de linhaça moída, sumo de 1 limão – tudo misturado com a varinha mágica.


19:30h – Jantar (2 pessoas)

- Salada: 1 alface frisada vermelha, ½ alface romana, 1 tomate coração biológico grande, sumo de 1 limão. 

- Sopa: Creme de legumes de batata, cenoura, cebola, espinafre e feijão verde. 

- Prato Vegan: 1kg de batatas (batata normal e batata doce branca), 2 cenouras, 1 beterraba – tudo cortado em cubinhos e cozido ao vapor + 1 molho de espinafres crus grande, que também foi muito ligeiramente cozido ao vapor e adicionado às raízes.